Município paraense das palafitas não permite carros e motos.
Moradores 'turbinam' os chamados bicitáxis com tocador de DVD.
Aparelho de DVD, caixa de som potente e tela de vídeo não são componentes exclusivos para carros. Em Afuá (PA), cidade da Ilha do Marajó, os moradores gastam dinheiro turbinando os seus bicitáxis.
Na série lig@dos, o G1 vai mostrar como pessoas de diferentes locais se relacionam com a tecnologia. Na primeira etapa, mostraremos três cidades em diferentes estados da região Norte do país.
Como o município não permite carros e motos, a solução encontrada por Raimundo Gonçalves para ter mais conforto foi o bicitáxi. Em 1995, ele criou o primeiro modelo que, na época, tinha três rodas. “Durante quatro anos, eu tinha o único bicitáxi da cidade. As pessoas pagavam para dar uma volta nele”, conta.
Pensando em melhorar o seu meio de transporte, Gonçalves juntou duas bicicletas tradicionais e montou o bicitáxi como é mais conhecido hoje. Desde então, já foi criada a “bicilândia” e o “bicitáxi escolar”. “Hoje, quase todas os bicitáxis vêm com DVD ou CD player”, conta. Um bicitáxi simples custa cerca de R$ 1 mil e leva uma semana para ser criado. Os clientes que quiserem incluir outros elementos tecnológicos precisarão desembolsar mais R$ 1 mil.