Imposto menor e retorno maior elevam interesse por eólicas

Novatos e tradicionais geradores estão entrando pesado nos investimentos em energia eólica em busca dos retornos promissores, que chegam a ser quase o dobro do que alguns investimentos em hidrelétricas. Mais de 300 projetos de energia eólica, que somam cerca de 8,5 mil megawatts, estão inscritos para os leilões de fontes alternativas que acontecem nesta semana. A disputa deve ser acirrada não só entre os empreendedores, mas também entre fornecedores internacionais de equipamentos, como a Wobben, que já tem unidade no país, e Alstom, Siemens e GE, que começam a erguer fábricas no Brasil e disputam clientes com políticas agressivas de preços.
A competição deste ano contará com grandes geradores internacionais que ficaram de fora do leilão do ano passado. É o caso da Tractebel, empresa do grupo GDF Suez, e da Iberdrola, que fez associação com a Neoenergia para a disputa. Entre os novatos do setor, o apetite é por conta da Coomex e da Renova Energia, a primeira empresa de energias renováveis a ter ações cotadas na Bolsa de Valores e a maior vendedora de energia em 2009.
A Renova vendeu no ano passado 13 parques com capacidade de gerar 270 MW de energia eólica, onde vai investir mais de R$ 1 bilhão. O retorno sobre o investimento desses parques chega a 16%, segundo estudo feito pela consultoria PSR , que consta do prospecto definitivo da oferta inicial de ações que a companhia fez neste ano. É quase o dobro do que é esperado com Belo Monte. E neste ano, os fornecedores baixaram os preços, segundo o diretor financeiro da Renova, Roberto Honczar.
A CPFL Energia, que tem ficado de fora dos grandes projetos hidrelétricos, vendeu sete parques eólicos em 2009 e vai investir R$ 780 milhões nos projetos que começaram a ser construídos neste ano. O presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, está confiante em investir um montante parecido com os parques eólicos que estão na disputa neste ano.

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